segunda-feira, 28 de maio de 2012
CALA A BOCA, MICHELOTTO!!!: O dia em que encontrei Simioni e certamente um pou...
CALA A BOCA, MICHELOTTO!!!: O dia em que encontrei Simioni e certamente um pou...: Foi Polly quem me disse: ele é gente muito fina e é muito engraçado! Mordido de inveja e ciúmes, atravessei de Candei...
Terça é dia de DIG!!!
Nesta terça, dia 29 de maio, nossa de Roda de Improviso começará às 16:00h.
Vou logo avisando, esse negócio vicia!!!!
Ah, é no Hall do CAC da UFPE!!!
Venha! Será um prazer recebê- lo!
Abraços de toda Gang.
Vou logo avisando, esse negócio vicia!!!!
Ah, é no Hall do CAC da UFPE!!!
Venha! Será um prazer recebê- lo!
Abraços de toda Gang.
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UFPE
sábado, 26 de maio de 2012
Roda de Improvisação
Queremos convidar a todos para participar conosco da nossa roda de improvisação, neste domingo, 27 de maio, no Parque Dona Lindú, à partir das 17h. É só vir!!!!
Até mais tarde!
Abraços.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Oficina de improviso na UNIRIO
Queremos agradecer pelo carinho com que fomos tratados pelo pessoal do evento Chapeleiro Maluco, na UNIRIO. Aproveitamos e mandamos um beijo grande em todos que fizeram parte da oficina de improviso conosco. Eita povo bão!!!!!!
Até a próxima!!!!!!!!!!!!!!!!!
Até a próxima!!!!!!!!!!!!!!!!!
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UNIRIO
The Pulp Fiction Project
Devido à greve dos professores universitários da UFPE, o Pulp Fiction vai suspender suas apresentações até que as atividades no Centro de Artes sejam normalizadas.
Obrigada pela compreensão!!!
Abraços de todos que fazem o Pulp acontecer!
Obrigada pela compreensão!!!
Abraços de todos que fazem o Pulp acontecer!
terça-feira, 15 de maio de 2012
The Pulp Fiction apresenta:
Uma luz pra dois... - Experimento II
BAILARINOS - Cleison Ramos e Raíssa
FIGURINO/CENOGRAFIA - Luana Lira
ILUMINAÇÃO - Natalie Revorêdo
SONOPLASTIA - João Victor
2º TEATRO:
DIREÇÃO - Lorena Arouche
DRAMATURGIA - Emmanuel Matheus
ATORES - Eloiza e João Guilherme de Paula
ILUMINAÇÃO - Luana Lira
SONOPLASTIA - Vanessa Alcântara
FIGURINO/CENOGRAFIA - Maria Paula Luz
3° DANÇA:
COREOGRAFIA - Stefany Ribeiro
BAILARINOS - Amanda Duarte e Rafaela Soares
CENOGRAFIA - João Victor
ILUMINAÇÃO - Marcos Medeiros
SONOPLASTIA - Junior Pereira
FIGURINO - Luana Lira
Teatro Milton Baccarelli/ CAC/ UFPE
Quarta- feira, 16 de maio, às 18:30h
Entrada gratuita
Realização: DIG/ LAC/ PROEXT/ Coletivos
1º DANÇA:
COREOGRAFIA - Roberto SilveiraBAILARINOS - Cleison Ramos e Raíssa
FIGURINO/CENOGRAFIA - Luana Lira
ILUMINAÇÃO - Natalie Revorêdo
SONOPLASTIA - João Victor
2º TEATRO:
DIREÇÃO - Lorena Arouche
DRAMATURGIA - Emmanuel Matheus
ATORES - Eloiza e João Guilherme de Paula
ILUMINAÇÃO - Luana Lira
SONOPLASTIA - Vanessa Alcântara
FIGURINO/CENOGRAFIA - Maria Paula Luz
3° DANÇA:
COREOGRAFIA - Stefany Ribeiro
BAILARINOS - Amanda Duarte e Rafaela Soares
CENOGRAFIA - João Victor
ILUMINAÇÃO - Marcos Medeiros
SONOPLASTIA - Junior Pereira
FIGURINO - Luana Lira
Teatro Milton Baccarelli/ CAC/ UFPE
Quarta- feira, 16 de maio, às 18:30h
Entrada gratuita
Realização: DIG/ LAC/ PROEXT/ Coletivos
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quarta-feira, 9 de maio de 2012
III Chapeleiro Maluco
Nós da d'Improvizzo Gang, participaremos do III Chapeleiro Maluco- 1/2 dia fora do ar, na UNIRIO, no Rio de Janeiro, nesta sexta 11 de maio, com os espetáculos Berceuse e Ophélia. Além de ministrarmos uma oficina de improviso no método do DIG. Ufa! Seremos os próprios coelhinhos da Alice!!! Estamos muito felizes pelo convite e por celebrarmos juntos neste grande evento. Obrigada a Lucas e a todo pessoal da organização. Rio estamos chegando!!!
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terça-feira, 8 de maio de 2012
Cancelamento
Informamos que a apresentação do Pulp Fiction desta quarta está cancelada, devido à paralisação dos funcionários da UFPE. O espetáculo VIDA do Coletivo Himboé será apresentado dia 30 de maio, no mesmo horário. Próxima semana, o projeto voltará normalmente com Uma Luz Para Dois.
Obrigada pela compreensão.
Abraços.
Obrigada pela compreensão.
Abraços.
sábado, 5 de maio de 2012
Programação Pulp Fiction
The Pulp Fiction Project apresenta:
09/ 05 VIDA
Espetáculo de teatro
Coletivo Imboé
16/ 05 Uma luz para dois
Espetáculos de dança e teatro
23/ 05 Show de música: instrumentos de cordas
30/ 05 "4 exercícios para performers"
Um jovem - Luiz Manuell
Um jovem - Marília Souto
Um louco - Diego Lucena
Um velho - Inácio Dantas
Teatro Milton Baccarelli/ CAC/ UFPE
Quartas- feiras, às 18:30h
Entrada gratuita
Realização: DIG/ LAC/ PROEXT
09/ 05 VIDA
Espetáculo de teatro
Coletivo Imboé
16/ 05 Uma luz para dois
Espetáculos de dança e teatro
23/ 05 Show de música: instrumentos de cordas
30/ 05 "4 exercícios para performers"
Um jovem - Luiz Manuell
Um jovem - Marília Souto
Um louco - Diego Lucena
Um velho - Inácio Dantas
Teatro Milton Baccarelli/ CAC/ UFPE
Quartas- feiras, às 18:30h
Entrada gratuita
Realização: DIG/ LAC/ PROEXT
sábado, 28 de abril de 2012
The Pulp Fiction Project/ 02 de maio
O Pulp Fiction traz a Cia. de Teatro e Dança Pós- Contemporânea d'Improvizzo Gang com o espetáculo Ophélia, com texto de Paulo Michelotto, Pollyanna Monteiro e William Shakespeare.
Ophélia é namorada de Hamlet e futura rainha da Dinamarca.
Este seria o seu destino.
Mas nem sempre o destino consegue voar até nós, não é mesmo?
Quarta- feira, 02 de maio, às18:30h
Teatro Milton Baccarelli/ CAC/ UFPE
Entrada gratuita
Realização: DIG/ LAC/ PROEXT
Ophélia é namorada de Hamlet e futura rainha da Dinamarca.
Este seria o seu destino.
Mas nem sempre o destino consegue voar até nós, não é mesmo?
Quarta- feira, 02 de maio, às18:30h
Teatro Milton Baccarelli/ CAC/ UFPE
Entrada gratuita
Realização: DIG/ LAC/ PROEXT
terça-feira, 17 de abril de 2012
The Pulp Fiction Project apresenta
Espetáculo de Stand Up Comedy, com Os Marmanjos!!!!!!!!!!!!
O grupo é formado por Carlos Philipe, Drailtom Oliveira, João Victor Alves e Robson Camara.
Venha conferir!!!!!!
Teatro Milton Baccarelli/ CAC/ UFPE
Quarta- feira, 18 de abril, às 18:30h
Entrada gratuita
Realização: DIG/ LAC/ PROEXT/ Os Marmanjos
segunda-feira, 9 de abril de 2012
The Pulp Fiction Project
Nesta quarta, teremos três cenas curtas. O Grupo Acaso dança Para Josefina, uma homenagem à pianista Josefina Aguiar, o grupo Funknaticos Crew traz uma coreografia chamada Original Funk, a atriz Ingrid Machado vem com seu irreverente ZzZ... e para encerrar o bailarino Jorge Kildery com Christine J.
Venha conferir!!!!
Teatro Milton Baccarelli/ CAC/ UFPE
Quarta- feira, 11 de abril
às 18:30h
Entrada gratuita
Realização: DIG/ LAC/ PROEXT
Venha conferir!!!!
Teatro Milton Baccarelli/ CAC/ UFPE
Quarta- feira, 11 de abril
às 18:30h
Entrada gratuita
Realização: DIG/ LAC/ PROEXT
quinta-feira, 29 de março de 2012
The Pulp Fiction Project!!!
Começamos nesta quarta a quinta temporada com casa lotada!
Obrigada a todos que compareceram.
Continuem vindo!!!
Aí vai a programação do mês de abril!!!
04/04 Cia Máscaras de Teatro
Trajeto- A manhã, a tarde e a noite: aula espetáculo sobre o treinamento de um ator, com Sebastião Simão Filho.
11/04 1.Grupo Acaso
Para Josefina(espetáculo de dança em homenagem à pianista Josefina Aguiar)
2. Ingrid Machado
ZzZ...
3. Funknaticos Crew
Original Funk
18/04 Caninos
Show de música
25/04 Cia de Teatro e Dança Pós- Contemporânea d'Improvizzo Gang
Ophélia
Texto: Paulo Michelotto, Pollyanna Monteiro e William Shakespeare.
Encenação: o grupo
Obrigada a todos que compareceram.
Continuem vindo!!!
Aí vai a programação do mês de abril!!!
04/04 Cia Máscaras de Teatro
Trajeto- A manhã, a tarde e a noite: aula espetáculo sobre o treinamento de um ator, com Sebastião Simão Filho.
11/04 1.Grupo Acaso
Para Josefina(espetáculo de dança em homenagem à pianista Josefina Aguiar)
2. Ingrid Machado
ZzZ...
3. Funknaticos Crew
Original Funk
18/04 Caninos
Show de música
25/04 Cia de Teatro e Dança Pós- Contemporânea d'Improvizzo Gang
Ophélia
Texto: Paulo Michelotto, Pollyanna Monteiro e William Shakespeare.
Encenação: o grupo
segunda-feira, 26 de março de 2012
The Pulp Fiction Project/ 28 de março
A quinta temporada do The Pulp Fiction Project está começando nesta quarta- feira, com o Coletivo Luminus, trazendo, Uma Luz para dois..., formada por três cenas.
SOB O MESMO TETO (dança)
Coreografia: Vanessa Alcântara; Bailarinos: Maria Paula Luz e Anderson Damião; Figurino: Adilson Di Carvalho; Lorena Arouche; Sonoplastia: Cleison Ramos; Cenário: Willams Costa.
A OSTRA E O VENTO ( teatro)
Direção: Emmanuel Matheus; Dramaturgia: César Jeansen; Atores: Gardênia Coleto e Willams Costa; Luz: João Guilherme; Sonoplastia: Eloiza Leal; Figurino: Adilson Di Carvalho; Cenário: Natalie Revorêdo.
QUALQUER PARTE DO CORPO TAMBÉM É CORPO (dança)
Coreografia: Diogo Lins; Bailarinos: Júnior Foster e João Victor; Figurino: Natalie Revorêdo; Iluminação: Willams Costa; Sonoplastia: Emmanuel Matheus.
Venha e convide quem você quiser!!!
Quarta- feira, 28 de março
Às 18:30h
Teatro Milton Baccarelli/ CAC/ UFPE
Entrada gratuita.
Realização: DIG/ LAC/ PROEXT/ Coletivo Luminus
Realização: DIG/ LAC/ PROEXT/ Coletivo Luminus
sexta-feira, 9 de março de 2012
Terça é dia de DIG!!!
As rodas de improvisação serão às terças- feiras, a partir das 18:00h, no Hall do Centro de Artes e Comunicação da UFPE(CAC). Elas são abertas e todos podem entrar. Estaremos esperando de braços abertos!!!! abraços digueiros.
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
The Pulp Fiction Project/ Quinta Temporada
Há dois anos, o Pulp Fiction, recebe espetáculos de dança, teatro, música e artes visuais.
Convidamos a todos os grupos e artistas para participar desta nova edição do The Pulp Fiction Project, que começará no dia 28 de março.
O projeto acontece sempre às quartas- feiras, às 18:30h, no Teatro Milton Baccarelli ou no Hall do Centro de Artes da UFPE, sempre com entradas gratuitas.
Aos interessados, entrar em contato com Pollyanna Monteiro, pelo email: liacota@yahoo.com.br ou liacota@hotmail.com, para agendamento de pauta.
Abraços a todos!!!
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Festival Breves Cenas de Teatro
A Cia de Teatro e Dança Pós- Contemporânea d'Improvizzo Gang está muito feliz, por participar da quarta edição do Festival Breves Cenas de Teatro, em Manaus, idealizado e produzido pela Cia. Cacos de Teatro, com o espetáculo Berceuse, em março de 2012. O festival conta com a participação de companhias teatrais de dez estados do país e acontecerá de 21 a 25 de março, no Teatro Amazonas.
Berceuse, em cartaz há sete anos, é baseada no texto Lullaby de Samuel Beckett, com versão de Paulo Michelotto. O grupo assina a criação e encenação, numa performance de Pollyanna Monteiro.
http://brevescenas.com.br
Berceuse, em cartaz há sete anos, é baseada no texto Lullaby de Samuel Beckett, com versão de Paulo Michelotto. O grupo assina a criação e encenação, numa performance de Pollyanna Monteiro.
http://brevescenas.com.br
sábado, 17 de dezembro de 2011
Crítica sobre Ophélia/ Wellington Júnior
Uma fé inabalável na quintessência do pó
Hoje no dia de Ceça falarei sobre o espetáculo Ophélia da Cia. de Teatro e Dança Pós-contemporânea d´Improviso Gang que se apresentou na excelente programação da V Mostra Capiba de Teatro. E hoje decidi colocar os dez mandamentos para assistirmos e analisarmos o espetáculo dessa encantadora companhia.1. SER HUMANO. Perguntaram-me uma vez se eu preferia o teatro ou um ser humano. Eu respondi que escolheria o humano, mas em sua melhor tradução – no teatro, nas artes. A obra de arte consegue ver o ser humano em suas diversas traduções. O trabalho de Paulo Michelotto e Pollyanna Monteiro compreende o humano e amplia os sentidos de transformação.
2. SER TEATRO. A dramaturgia fantástica do espetáculo é puramente e simplesmente teatro. Pois concentra seu desejo de ação no maior fenômeno – o encontro.
3. SER VIVO. A construção da atuação de Pollyanna é através da presentificação do jogo. Um sistema de ator engrenado a partir do grau zero da escrita cênica – apenas e belamente estar ali em jogo.
4. SER POESIA. A escrita espetacular é plena de imagens poéticas, de diálogos com o vazio como um hai-kai. A Cia. elabora uma encenação performativa que nos faz entrar na alma da teatralidade. Cada elemento é muito bem cuidado. A iluminação de Cleison Ramos é de uma sensibilidade perfeita.
5. SER ENCONTROS. O espectador é o elemento central desse trabalho, pois é ele que constrói as relações do hoje na encenação, informando sempre que estamos ali num grande ritual sobre nós mesmos.
6. SER EXPLOSÃO. O espetáculo explode o texto do Shakespeare e mostra o que esse fantástico autor sempre desejou escrever. Comparo essa dramaturgia michelottiana com a dramaturgia de João Denys em Encruzilhada Hamlet e percebo que as duas excelentes construções conseguem ampliar e aprofundar o diálogo entre as ações do texto shakespereano e a cena contemporânea – através de uma proposta performativa. Pois as duas são pura explosão - atentados poéticos.
7. SER PERIFÉRICO. O olhar da montagem é um pensamento sobre os seres periféricos e suas construções estéticas. Assumidamente estamos na vassalagem. E a forma é também periférica – pois não quer produzir uma verdade e sim tensionar desejos.
8. SER AMOR. É um trabalho apaixonante. "O louco, o amoroso e o poeta estão recheados de imaginação" (Shakespeare). A imagem em ação nos faz apaixonados nessa montagem. "Faço discretamente coisas loucas; sou a única testemunha da minha loucura. O que o amor descobre em mim, é a energia. Tudo que faço tem um sentido (posso então viver, sem me queixar), mas esse sentido é uma finalidade inatingível: é somente o sentido da minha força"(Roland Barthes).
9. SER MICHELOTTO. Não posso deixar de assumir aqui a profunda admiração que tenho pelo grande homem de teatro – Paulo Michelotto. Ele é um transformador, um inquieto, um ariano. E esse espetáculo é um casamento perfeito.
10. SER EU/SER PÓ. Esse texto sou eu. Um apaixonado pelo humano e pelo pó. Sou assim sempre querendo ver muitos teatros; e estar sempre feliz e surpreso com cada gesto no teatro. Pois a crítica é o pó. Nós somos o pó. Um beijo. Cada coisa que fazemos é plena de vazio e desejo. E aqui me despeço dizendo:
qui est là.
07 de dezembro de 2011Por Wellington Júnior
Crítica sobre Ophélia/ Pollyanna Diniz
De: Pollyanna / Para: Ophélia
Querida Ophélia,
Foi tão bom encontrá-la na última semana na V Mostra Capiba de
Teatro! O público ficou encantado com a atuação segura e ao mesmo tempo
delicada de Pollyanna Monteiro. Trazer ao primeiro plano a sua história,
dizer o que ela – e o que nós – pensamos e traçar uma relação tão
íntima e sem atropelos com o texto de William Shakespeare é uma
descoberta. De que existem maneiras de recontar os clássicos sem a
sisudez dos "grandes" atores e diretores. De que dá para ser um "galo de
campina" como Paulo Michelotto, diretor, conseguindo dar leveza, mas ao
mesmo tempo sustentação, para um trabalho que agarra a plateia pela
simplicidade e pouca pretensão.É bem verdade que existem muitos pontos de fuga na sua dramaturgia – e isso nem é um defeito, já que os atores da Cia de Teatro e Dança Pós-Contemporânea d' Improvizzo Gang estão bem acostumados a lidar com o imponderável. A participação do público, embora eu ache que isso possa se tornar mais natural ainda à montagem, é um desses elos com o inesperado. Vai que o príncipe não aceita ser príncipe? Não teria o menor problema, tenho certeza. Você logo conseguiria outro. Eram muitas pessoas na plateia que podiam também ocupar os papéis de rei, rainha, coveiro.
De maneira muito informal, a dramaturgia nos alcança, vai nos tomando aos pouquinhos; é forte, profunda. A conversa que você trava com o coveiro e a capacidade de passear tão tranquilamente entre esses personagens, já que a participação do rapazinho de cabelos cacheados ficou restrita à ótima dublagem, são pontos fortes na sua história. Também há intrigas, relacionamentos perdidos, mas há bem mais o encontro com o que se é de verdade, com a realidade que nos cerca, com a dimensão que tomamos de nós mesmos.
A iluminação desenhada por Cleisson Ramos dá os contornos da sua trajetória. E como é lírica a forma como o espetáculo começa. Contando exatamente o seu fim, embora isso nem de longe signifique que a esperança para você acabou. O silêncio é temporário.
Dê um beijo por mim em Pollyanna Monteiro, mesmo nome, mesma terra e, quem sabe se tivermos mais um tempinho juntas, descobrimos até parentes em comum. Mande minhas saudações ao diretor Paulo Michelotto. É ótimo ver a sua irreverência e a maneira com que quebra as regras no palco e constrói as suas próprias, para depois tornar a quebrá-las.
Espero reencontrá-la em breve,
07 de dezembro de 2011
Por Pollyanna Diniz
Crítica sobre Ophélia/ Bruno Siqueira
A poesia e a graça de Ophélia
Fazia muito tempo que não me envolvia tanto com um espetáculo recifense como ocorreu em Ophélia, da Cia. de teatro e dança pós-contemporânea d’Improvizzo Gang, apresentado na V Mostra Capiba de Teatro nesta quarta-feira. Paulo Michelotto, que assina a dramaturgia, o design de cena, corpo, voz, maquiagem e a trilha musical, é, por acaso, meu colega de departamento no curso de Licenciatura em Teatro, da UFPE. Meu colega, meu próximo. Como não tinha antes parado para olhar com mais atenção seu trabalho artístico, Michelotto? Perdoe-me o delay.Ophélia é um espetáculo que firma suas raízes na nossa contemporaneidade. A começar pela dramaturgia. O tão montado, citado e copiado Hamlet, do canônico William Shakespeare, serviu de inspiração ao dramaturgo, particularmente a personagem Ofélia.
A narrativa, em off, cita um trecho da fala da Rainha, quando relata a morte por afogamento da personagem Ofélia. O espectador adentra ainda mais na atmosfera poética da cena. É no final dessa narrativa que vai surgindo Ofélia, lânguida, vaporosa e belamente interpretada por Pollyanna Monteiro, a qual atravessa o espaço do público cantando uma canção num fio de voz, quase sofejante. O espaço do teatro Capiba se encontra tomado por uma fumaça perfumada. Sem bem o perceber, o espectador já está imerso na própria cena.
O texto de Michelotto tem três páginas e os 60 minutos do espetáculo são compostos de muita improvisação a partir da matriz. Pollyanna Monteiro irradia beleza e jovialidade na sua personagem. Além disso, demonstra um domínio da cena e do público como poucos atores que tentam empreender esse gênero de teatro. O plateia fica nas suas mãos, de forma que assente em participar do espetáculo sempre que por ela é solicitada.
Michelotto se relaciona com o texto de Shakespeare pelo viés da paródia. Toda a performatividade da atriz se estabelece pelo diálogo entre a poesia shakespeareana e o discurso prosaico e crítico da contemporaneidade, o que nos permite ver com clareza como encenador e atriz leem o mito a partir do nosso olhar histórico.
O conceito da encenação se centra na juventude que emana da personagem-título. A juventude que é bela, que está perdida num caos político, que é frágil, que é ousada, que é fugaz... que é fugaz... que é fugaz...No entanto, a cena não mergulha na melancolia. Pelo contrário, celebra a juventude de forma poética e bem humorada. Bastante humorada.
Aliás, o mérito maior de Michelotto foi não se fechar na tragicidade do drama shakespeareano ou expressar uma suposta seriedade que a tradição imputa a Shakespeare. O dramaturgo/encenador soube dosar aspectos dramáticos com aspectos cômicos, este, sim, um procedimento muito mais próximo do teatro de Shakespeare. A sensação que ficou para mim é que o espetáculo Ophélia me aproximou muito mais do bardo inglês do que outros espetáculos que partiram de seus textos.
Teatro como arte, teatro como celebração, teatro como um compartilhar de experiência, teatro como poesia, teatro como espaço para discussões. Eis os qualificativos que identifico no trabalho da Cia. de teatro e dança pós-contemporânea d’Improvizzo Gang. Parabéns ao grupo!
07 de dezembro de 2011
Por Bruno Siqueira
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